24 de out. de 2011

SALÁRIO BAIXO E MULHER NEGRA MARCAM TRABALHO DOMÉSTICO, DIZ IPEA



O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou um estudo sobre a situação das trabalhadoras domésticas no país. A pesquisa mostra que alguns avanços foram obtidos com ligeiro aumento no nível de formalização de estudo. Mas revela também que o trabalho doméstico permanece como um espaço marcado por baixa remuneração (média abaixo do salário mínimo) e fracos índices de organização (sindicalização).
O Ipea destaca que o cenário do trabalho doméstico no Brasil é preenchido principalmente por mulheres e envolve, em maior grau, as mulheres negras. As trabalhadoras domésticas negras, por sua vez, contam com condições piores nas relações laborais.
O Ipea identificou diferenciação de funções entre homens e mulheres contratados como trabalhadores domésticos. Os homens assumem posições como caseiros, motoristas e jardineiros. Às mulheres cabem as tarefas de cuidado com a casa e com as crianças.
Este fenômeno está relacionado a uma herança escravista da sociedade brasileira que combinou-se com a construção de um cenário de desigualdade no qual as mulheres negras têm menor escolaridade e maior nível de pobreza e no qual o trabalho doméstico desqualificado, desregulado e de baixos salários constitui-se numa das poucas opções de emprego, diz estudo.

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