30 de mai. de 2012

PLANO BÁSICO


Grupo 3:

  • Bianca Terra Verediano
  • Cristina Dias da S. Torres
  • Elaine Brito Picoli,
  • Érica Mendonça dos Santos Pereira
  • Janaína Gonçalves Melo
  • Luciano Rocha Fabris
  • Valéria Marcelino de Amaral Dillem

Pólo: Vargem Alta

1 - PROJETO BÁSICO


1.1  – Considerações gerais sobre a instituição proponente:
       Somos uma Organização não Governamental (ONG: Combate à Violência de Gênero), formado por alunos do curso de Especialização em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça da UFES, pólo de Vargem Alta, propondo o presente projeto na busca de auxiliar as mulheres de baixa renda do município de Vargem Alta. Nesse sentido, apresentamos a proposta em questão, buscando parcerias para realização do mesmo.

1.1  – Justificativa:
       Analisando as situações de desigualdades ainda existentes no Brasil, relacionadas ao gênero, vemos o quanto é importante o Empoderamento das Mulheres. O Empoderamento das Mulheres foi um conceito firmado nas Conferências Internacionais do Cairo/94 e Beijing/95, a partir de muita discussão e luta dos movimentos de mulheres contra a exclusão social, a violência de gênero e a situação subalterna do sexo feminino na sociedade e na família. O Empoderamento tem de ser aplicado a todas as esferas da vida social e política em que se identificarem desigualdades marcantes entre homens e mulheres: as relações afetivas e pessoais, a sexualidade, a família, os espaços de trabalho e as instituições públicas e privadas.   Enfim, o empoderamento das mulheres representa uma maneira inovadora de enfrentar as desigualdades de gênero existentes e estimula a ampliação das capacidades individuais, como o acesso às fontes de poder. Através dele as mulheres ganham poder interior para expressar e defender seus direitos, ampliar sua autoconfiança, identidade própria e autoestima e, sobretudo, exercer controle sobre sua vida.
      Nos dias atuais, apesar de muitas transformações ocorridas na condição feminina, muitas mulheres não podem decidir suas vidas, não exercem o poder, muitas vezes por falta de oportunidades de se emanciparem economicamente.
      Esta subalternidade feminina é fruto do seu papel de gênero. Sabemos que a sociedade através de suas instituições (aparelhos ideológicos), da cultura, das crenças e tradições, do sistema educacional, das leis civis, da divisão sexual e social do trabalho, constroem mulheres e homens como sujeitos bipolares, opostos e assimétricos: masculino e feminino envolvidos em uma relação de domínio e subjugação.
        Diante dessa situação, percebemos a necessidade de uma ação que busque dar maior empoderamento às mulheres, propondo o desenvolvimento de um conjunto de atividades voltadas a dar maior emancipação financeira, através de um espaço que possibilite as mulheres condições para terem uma fonte de renda própria, onde avaliamos que a cooperativa é um excelente proposta neste sentido, pois, são baseadas nos princípios da ajuda mútua, solidariedade, democracia, igualdade, responsabilidade, equidade. Além disso, se baseia em valores como ética, honestidade, transparência, responsabilidade social, e contribui para estreitar laços de convivência comunitária.
      Contudo salientamos que a escolha por uma Cooperativa de Bordadeiras com enfoque principal na confecção de cachecóis se deu por estar localizada em uma região serrana, que possui como característica um clima mais frio.

1.1  – Objetivos:
          Incentivar a socialização e a convivência comunitária, propiciar o acesso a conhecimentos, experiências e meios que venham favorecer o empoderamento, a autonomia e o protagonismo social das mulheres residentes no município de Vargem Alta/ES, visando o alcance de alternativas emancipatórias através da geração de renda.
 
1.4 – Objetivos específicos:
- Criação de uma cooperativa de mulheres BORDAREIRAS com enfoque principal na confecção de cachecóis para distribuição em todo município de Vargem Alta e adjacências.
- Ministrar cursos sobre:
·         Confecção de cachecóis;
·         Legislação corporativista;
·         Administração dos negócios (Auto-Gestão);
·         Compra de matéria prima e venda da produção (Marketing);
·         Controle financeiro.
- Orientar as mulheres sobre a importância do trabalho cooperado e sobre uma boa administração de seus recursos.
- Sensibilizá-las sobre o importante papel da mulher na economia, bem como o auxílio na renda familiar.

1.5 – Metas esperadas
·         Com a criação desta cooperativa, de início estimamos a participação de 20 (vinte) cooperadas.
·         Após a ministração dos cursos para confecção dos cachecóis (aproximadamente 30 dias) espera-se que as cooperadas sejam capazes de produzir uma quantidade suficiente de cachecóis para revenda em toda cidade e regiões circunvizinhas.
·         Com a venda dos cachecóis, espera-se que a cooperativa seja capaz de autossustentar-se com seus rendimentos e auferir lucro para as cooperadas.
1.5 – Público Alvo:
       Mulheres de baixa renda, residentes no município de Vargem Alta (zona rural ou urbana), que possuem baixo nível de escolaridade e qualificação profissional.
1.5 – Estratégias de ação:
        Formar parcerias com Associações de Moradores, Igrejas e com a Prefeitura de Vargem Alta, bem como a Secretaria Municipal de Saúde, onde, esperamos da Prefeitura apoio no fornecimento do local onde serão ministrados os cursos e os profissionais para ministrá-los, da Secretaria Municipal de Saúde, esperamos uma parceria com os Agentes Comunitários de Saúde, que devido possuírem um contato mais direto com toda a população, poderão nos auxiliar na indicação das mulheres com perfil, que tenham interesse em participar da cooperativa, entrega de convites, dentre outros, das Igrejas, contamos com a parceria para nos ajudar na mobilização das mulheres da comunidade, tendo em vista o seu forte envolvimento com os moradores e das Associações de Moradores, também esperamos esse auxilio na mobilização das mulheres como das igrejas e, além disso, solicitaremos que façam um levantamento das mulheres que encontram-se em estado de hipossuficiência, fazendo a indicação para participação na cooperativa.
       Os cursos para confecção dos cachecóis serão realizados 3 (três) vezes por semana, durante 30 (trinta) dias, com datas a serem marcadas após a realização das parcerias com os profissionais da Prefeitura.
        Após a ministração dos cursos espera-se que as cooperadas estejam em condições de confeccionarem quantidades suficientes de cachecóis para a venda em toda cidade de Vargem Alta e cidades vizinhas.
1.5 –Prazo:
      O prazo para a ação da ONG junto a Cooperativa será de 6 (seis) meses, sendo de junho a dezembro de 2012, podendo ser prorrogado por mais tempo caso haja necessidade, após espera-se que a cooperativa continue funcionando por um período indeterminado, por meio do trabalho das suas cooperadas e venda dos produtos.
 1.6 – Sustentabilidade:
A ONG estará auxiliando na gestão principal, ou seja, na elaboração e organização da cooperativa, sendo que a proposta da ONG é a de que a cooperativa dê continuidade aos seus trabalhos, bem como ampliação do ramo de produtos, e com os lucros do mesmo consiga sua autossustentabilidade.
1.10– Detalhamento do Custo:
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Descrição

Valor

Local

Escola/Ginásio/Associação de moradores

Professor de Cachecol

Prefeitura

Professor de técnicas administrativas

Prefeitura

20 agulhas de tricô

R$ 40,00

20 agulhas de crochê

R$ 20,00

20 novelos linhas de crochê

R$ 80,00

20 novelos linha tricô

R$ 40,00



Total



R$ 180,00
1.11- Declaração de contrapartida:
·         Local para realização: cedido pela prefeitura.
·         Profissional para ministração dos cursos: cedido pela prefeitura.
·         Material para confecção dos cachecóis: linhas e agulhas (patrocínio da ONG)

1.12– Declaração de adimplência:
Elaborado pela ONG.
2– Plano de trabalho:
2.1– Cronograma de Execução:

Metas:
Junho/julho
Parceria com prefeitura e associações
Agosto/Setembro
Ministração dos cursos
Outubro/Novembro
Confecção dos produtos para venda
Dezembro
Distribuição/venda dos produtos
 Etapas:
Junho/Julho
·      Encontro com associação de moradores expondo motivos e proposta para a elaboração da cooperativa;
·      Acertar com a Prefeitura o local onde serão ministrados os cursos e os encontros;
·      Elaborar cronograma de aulas com  os professores;
·      Divulgação dos horários de aula.
Agosto/Setembro
Ministração dos cursos
Outubro/Novembro
Confecção dos produtos
Dezembro
Distribuição/venda dos produtos
 
2.2– Plano de Aplicação:
       A aplicação dos recursos será feita de acordo com os rendimentos da própria cooperativa, ou seja, não será necessário alocar recursos públicos para realização do mesmo, pois, o objetivo da cooperativa é ser auto-sustentável.
2.3– Cronograma de desembolso:
 a)    Do concedente: Elaborado pela prefeitura que disponibilizará o local e os professores.
b)    Do proponente:
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20 agulhas de tricô

R$ 40,00

20 agulhas de crochê

R$ 20,00

20 novelos linhas de cochê

R$ 80,00

20 novelos linha tricô

R$ 40,00



Total



R$ 180,00

Bibliografia:
Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça | GPP – GeR: módulo 5 / Orgs. Maria Luiza Heilborn, Leila Araújo, Andreia Barreto. – Rio de Janeiro : CEPESC; Brasília : Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2010. 

29 de mai. de 2012

LEI DETERMINA QUE UNIVERSIDADES DEVEM EMITIR DIPLOMAS COM GÊNERO

Agora é lei: as palavras “bacharela” e “mestra”, que para muitos, soam de forma esquisita vão aparecer em diplomas e certificados escolares das estudantes. As que já têm diploma e que quiserem podem pedir um novo à faculdade com a mudança, como, por exemplo, bacharela em administração.

A lei foi assinada pela presidente Dilma, que prefere ser chamada de presidenta e usa o termo em documentos oficiais. Já falavam: brasileiros e brasileiras, companheiras e companheiros. É talvez uma forma de demarcar que a mulher, de fato, esta fazendo parte da sociedade.

Hoje, no Ensino Superior, são 900 mil mulheres a mais do que homens. Não vai mudar em nada. A formação vai ser a mesma só que agora é bacharela.
Agora, se a lei vai pegar na língua falada, não são os números que decidem.

24 de mai. de 2012

PASSAGEIRO É CONVIDADO A DEIXAR AVIÃO APÓS COMENTÁRIOS PRECONCEITUOSOS

Homem ficou alterado ao saber que aeronave seria pilotada por uma mulher. Voo da Trip Linhas Aéreas seguia de Belo Horizonte para Goiânia.



A assessoria de imprensa da companhia confirmou, nesta terça-feira (22), que o homem se alterou após saber que o avião, que seguia para Goiânia, seria pilotado por uma mulher.

 Em nota, a empresa aérea informou que, após o tumulto, a comandante do voo 5348 convidou o passageiro a se retirar da aeronave. Segundo a Trip Linhas Aéreas, a Polícia Federal (PF) escoltou o homem até as dependências do aeroporto, e o restante dos passageiros seguiu viagem.

A companhia ainda ressaltou, que possui cerca de 1,5 mil mulheres em seu quadro de funcionários, e que não tolera atitudes ou comentários preconceituosos.

Até que ponto chega o preconceito?


16 de mai. de 2012

TODAS AS FACES DE MARIA

Todas as Faces de Maria é um documentário que vai contar a história de vida de um dos maiores ícones da cultura capixaba, Maria Laurinda Adão. Bisneta de escravos, vive na comunidade quilombola de Monte Alegre, interior de Cachoeiro de Itapemirim, sul do Espírito Santo. Esse teaser mostra um pequeno trecho de uma de suas faces, que é ser mestra de Caxambu.


Quer saber mas sobre quem é Maria Laurinda Adão? Acesse: http://www.seculodiario.com.br/arquivo/2005/junho/04_05/entrevista/entrevista/04_06_01.asp 

10 de mai. de 2012

POLÍTICAS PÚBLICAS E RECURSOS PEDE MOVIMENTO DE MULHERES


O movimento de mulheres defende o reforço das políticas públicas e mais recursos para o enfrentamento à violência contra as mulheres. As afirmações foram feitas, em audiência pública da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a violência contra a mulher, nesta terça-feira (27/3). A CPMI tem a senadora Ana Rita (PT-ES) como relatora e a deputada federal, Jô Moraes (PCdoB-MG), como presidenta.
A violência contra as mulheres é estrutural, portanto, estados e governos têm um papel central e contundente para combatê-la.
A representante da Marcha Mundial de Mulheres defendeu, ainda, maior controle social dos recursos e criticou a falta de empenho, compromisso e omissão dos governos dos estados e órgãos competentes para reverter a situação de violência vivida por milhares de mulheres.

A violência é a maior expressão das desigualdades entre homens e mulheres na sociedade.


Fonte:
http://www.anarita.com.br/index.php/politicas-publicas-e-orcamento-pede-movimento-de-mulheres/

ONGS FEMINISTAS LANÇAM HOTSITE “MAIS DIREITOS, MAIS PODER PARA AS MULHERES BRASILEIRAS”

A iniciativa tem como objetivo fortalecer os movimentos feministas e de mulheres do Brasil e também as instituições governamentais. Nesse sentido, o hotsite serve também como ferramenta de comunicação e divulgação das atividades que possam contribuir com a continuidade e a  implementação do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM). O espaço está aberto para receber textos, notas e comentários acerca das políticas para as mulheres.
O programa “Mais direitos, mais poder para as mulheres brasileiras” está voltado para três áreas centrais de atuação: a participação das mulheres nos espaços de poder e decisão; e a autonomia econômica das mulheres, por meio de sua participação formal no mercado de trabalho, e fortalecimento dos processos organizativos dos Movimentos de Mulheres na preparação da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres e democratização dos espaços de decisão política governamental.
O programa combina ações para a igualdade de gênero e raça e etnia, tendo como uma das prioridades a situação das mulheres negras no Brasil, e pretende produzir indicadores de gênero e raça, em especial sobre racismo institucional, e incidir no fortalecimento político e produção de conhecimento, em particular a equiparação de direitos para as trabalhadoras domésticas.
O programa é financiado pelo Fundo para a Igualdade de Gênero, da ONU Mulheres - Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, e terá duração até 2013.

Texto enviado pela aluna: Érica Mendonça dos Santos Pereira

6 de mai. de 2012

SENADORA ANA RITA FALA SOBRE CPMI DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHER NO ES

Entrevista que foi ao ar no dia 3 de maio de 2012 no programa Aos pés do Senhor, apresentado pelo Pe. Juliano Ribeiro, de Cachoeiro de Itapemirim-ES, na TV Sim Brasil.


Video enviado pelo aluno LUCIANO ROCHA FABRIS